Central hidrelétrica de Venaus
Central hidrelétrica de Venaus
Em funcionamento
Central hidrelétrica de Venaus
Em 2023, foi construída aqui a primeira usina fotovoltaica flutuante da Enel sobre o tanque de descarga da central de Venaus, produzindo energia sem consumo de solo adicional. Em 2024, a usina foi ampliada até a capacidade instalada atual de 2 MW. A instalação é composta por mais de 5.000 painéis bifaciais produzidos pela 3Sun, a Gigafactory Enel de Catânia. Em 2025, foi associado à instalação fotovoltaica um sistema de dessedimentação em ciclo contínuo do lodo que se deposita no fundo do reservatório, de modo a reduzir significativamente a necessidade de limpeza periódica do fundo dos reservatórios.
Tecnologia
Hidrelétrica + solar
Status
Operacional
Potência
260 MW hidrelétrica + 2 MW solar
Produção de energia
273 GWh hidrelétrica + 2,6 GWh solar
(Produção média estimada)
Necessidade energética
mais de 100.000 famílias por ano
Emissões de CO2 evitadas pela instalação fotovoltaica
mais de 100.000 toneladas por ano
Marcos
Sinergia entre sol e água: a inovação sustentável dos tanques fotovoltaicos
A solução híbrida desenvolvida em Venaus representa um exemplo inovador e sustentável de integração entre energia hidrelétrica e solar. A instalação flutuante não só permite a produção combinada de energia limpa a partir de duas fontes renováveis, mas também oferece uma série de vantagens ambientais e funcionais. Em primeiro lugar, os painéis solares não ocupam novos terrenos, utilizando uma superfície já antropizada e reduzindo assim o consumo de terras agrícolas ou naturais. O impacto paisagístico é mínimo, uma vez que a infraestrutura se sobrepõe a uma obra artificial pré-existente. Um benefício adicional é a redução da evaporação da água, favorecida pela sombra dos painéis: uma medida estratégica que protege a disponibilidade de água, revelando-se particularmente valiosa, especialmente num contexto de alterações climáticas e secas cada vez mais frequentes.
Desassoreamento em ciclo contínuo: impacto positivo na modulação da produção e no meio ambiente
Para facilitar a instalação do sistema de dessedimentação em ciclo contínuo, o sedimento presente no fundo do tanque foi removido e descarregado em uma área adjacente de propriedade da Enel, onde foram plantadas árvores do tipo Paulownia, que estabilizam o terreno íngreme e absorvem CO2 .
O sistema de dessedimentação contínua, integrado ao sistema fotovoltaico flutuante, é composto por dois elementos principais: agitadores posicionados sob a estrutura flutuante, que favorecem o escoamento natural do lodo; e uma jangada-draga, que aspira os sedimentos e os conduz para a obra hidráulica a jusante de Venaus, conectada à usina hidrelétrica de Mompantero.
Graças à extrema diluição, o sedimento poderá também atravessar a turbina hidráulica para depois ser libertado no leito do rio Cenischia. Desta forma, a bacia de Venaus recupera a sua capacidade original, restaurando completamente a capacidade de regulação hidrelétrica, fundamental num período de forte crescimento das instalações renováveis.
Impacto nas comunidades locais
Além da instalação fotovoltaica flutuante, realizada em colaboração com as instituições locais, no município de Venaus foram construídas três instalações fotovoltaicas no telhado de edifícios municipais, com uma potência total de 45 kW. Além disso, será realizada uma cobertura para o mercado local, que atualmente funciona ao ar livre. Trata-se de iniciativas que representam um gesto concreto de atenção ao território e às comunidades que vivem nas áreas em que operamos.
São instalações pequenas, mas de grande significado: favorecem a disponibilidade de energia elétrica, melhoram o impacto ambiental das instalações hidrelétricas existentes, valorizando assim o turismo lento e sustentável, e contribuem de forma tangível para a transição energética. São o símbolo de uma abordagem compartilhada ao desenvolvimento sustentável, baseada na colaboração, na escuta e na sinergia com as administrações locais. Quando o público e o privado trabalham juntos, os benefícios se multiplicam: para o meio ambiente, para o tecido social e para a economia do território.